27 de novembro de 2013

02h28



“Ela era terrível.
Mas valia a pena.”

Se tivesse que me definir por palavras estas seriam as que utilizaria.
Não sei quando, como ou mesmo onde aconteceu mas mudei.
Não gosto de quantificar nem qualificar esta mudança como tendo sido para pior ou melhor. 
Simplesmente, mudei.

Preservei alguns valores que os meus pais me incutiram e outros passei-lhes por cima com uma retroescavadora.
Fiz escolhas erradas, tantas!
Perdi pessoas que amava e desiludi muita gente a começar por mim.
Fui forçada a viver e experienciar emoções e acontecimentos para os quais não estava preparada e isso forçou-me a ver a vida e as pessoas de um modo diferente.
Não tento, com isto, justificar o meu comportamento. 
Tento, sim, perceber o momento exacto em que o que era para ser, nunca mais o foi.

Falar de mim, defender-me do que tenho feito ou criticar-me em igual proporção não mudará o que já aconteceu.

Sou terrível mas continuo a achar que sou uma pessoa que vale a pena… se não desisti de mim até agora dificilmente o farei.

1 comentário:

  1. Não acredito em mutações... acredito, isso sim, em transformações.
    Todos temos dicotomias, felizmente! Os rostos que gravitam em nosso redor até podem mudar, mas enquanto aquele que nos fita de volta no espelho não mudar a sua essência... enquanto tivermos orgulho no que representamos, tudo estará bem.

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