30 de maio de 2012

Porque "quem cala, consente". .

 ...faço questão de partilhar o relato do Sr. João Penha Lopes, cuja filha foi agredida violentamente por agentes da PSP.


Facebook de João Penha Lopes


"Claro que foi... aberto de imediato um processo crime e ela foi hoje vista por um médico do Ministério Público que ficou literalmente aterrado com o que viu,não só em todo o corpo como na mente (pois ela agora não consegue olhar de frente para um agente da PSP nem andar de comboio), e solicitou a entrega de um TAC à garganta que mandámos fazer, numa clínica privada, pois na ida ao Hospital S.Francisco Xavier, imediatamente após a agressão, não tinham equipamento para ver os tecidos moles do pescoço onde os punhos fechados de um dos agentes fizeram pressão, estando ela contra uma parede. O TAC acusou os danos.

Estava a viajar num comboio de Lisboa para a área de residência e saiu na estação perto de casa onde estavam 10 agentes que se juntaram aos 3 que vinham no comboio e onde tiveram problemas com um grupo de jovens que saíram 2 estações antes dela. Ela até vinha a dormitar. Saiu na sua estação e um conhecido que vinha com ela começou a ser de imediato agredido pelos agentes na gare.

Quando ela gritou a pedir para pararem de bater no jovem foi imobilizada e arrastada pela estação. Foi atirada de cabeça contra as cancelas de passagem dos passageiros tendo caído. O agente que a agrediu levantou-a pelos cabelos e arrastou-a pelos braços para dentro da esquadra localizada nas imediações da estação, onde a levou para uma área vazia a atirou contra uma parede e lhe espremeu o pescoço com os punhos fechados.

Não foi feito qualquer auto. Ela conseguiu telefonar-nos do telemóvel a pedir socorro porque foi espancada e estrangulada. O agente a quem ela passou o telefone disse não saber o que se passava ou o que o colega tinha feito (com a minha filha a gritar em background que era ele que a tinha espancado) mas que ela seria de imediato libertada pois não havia qualquer problema com ela.

Vamos amanhã a uma consulta da APAV para receber acompanhamento e formação sobre segurança pois parece provável que hajam retaliações segundo nos foi comunicado por diferentes entidades o que nos obriga a ter cuidados redobrados....

E agora ? Que devemos fazer ? Aceitam-se sugestões.....
"

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